Hoje acordei pensando no meu último ano.
Há um ano, depois de quase dois de terapia e quase dois
meses de namoro, consegui tirar todas as minhas máscaras, sentar com a minha
mãe e assumir o que sou. Foram muitas lágrimas, minhas e dela, foi uma noite sem
dormir, foram alguns dias sem nos falar, mas depois veio o alívio.
Nem imagino o choque de se ter um filho assumindo sua vida,
dever ter a mesma intensidade da angustia de se esconder atrás de uma máscara,
só pra não chocar a família e não ser motivo de fofocas e olhos tortos, mas o
pior ainda estava por vir...
Sempre ouvi que praga de mãe pega. Bom, tenho um grande motivo
pra ter certeza disso. No meio da nossa conversa, depois de ter dado toda a
ficha de Como, Quando, Onde e Porque, ouvi sem resposta minha mãe: “Você está sendo iludido! Aposto que em três
meses, você vai chorar porque foi deixado pra trás!”
Pois é mãe... Não foram três meses não! Não deu tempo de
chegar aos noventa dias. Foi antes! Bem antes... Aliás, na ponta do lápis não
chegamos nem dos dois meses. Nem sessenta dias de relacionamento sério. Mas
espera! Porque foi tão intenso? Porque essa sensação de que durou muito mais?
Um ano depois, penso que todo aconteceu da maneira que aconteceu,
porque tínhamos que crescer! Vejo aqueles dias como escada pro que sou.
Hoje consigo ver algumas coisas com outros olhos! Sem cobrar
de mim e do outro. Hoje consigo saber o que eu quero e como eu quero. Melhor do
que isso, consigo ter a calma para conhecer as pessoas que estão ao meu lado! Consigo
me entregar ao “jogo” de conquistar e ser conquistado. E com isso vou vivendo a
vida a cada dia, sem pressa e, principalmente, tendo a certeza que todo o meu
passado ficou lá atrás, exatamente onde devia estar, sem me assombrar ou me
deixar com medo!
Alô Futuro, estou chegando com vontade de passar por você
feito um furação e te transformar em um ótimo passado!
“Eu e você podia ser,
Mas o vendo mudou a direção!"
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